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Dentro da perspectiva das vocações, sempre ficam algumas dúvidas entre aqueles que estão nessa etapa da vida de descobrir o seu lugar no mundo, uma delas é: Todo mundo que namora é chamado ao matrimônio?

Primeiro, é importante saber que a nossa primeira vocação é a vida, e depois a vocação batismal, que nos faz filhos e filhas de Deus. E, quando crescemos, dentro de uma perspectiva familiar, social e eclesial, somos convidados a fazer escolhas que ninguém pode fazer por nós. Sim, viver o primeiro chamado unido à vocação batismal, vai exigir que ao longo do tempo respondamos a outros chamados que exigem entrega, amor e renúncias. É o que chamamos de vocações específicas. Então será a hora de se colocar diante da pergunta do início: todo mundo que namora é chamado ao matrimônio? E a resposta, é um sonoro não! 

Logo, namorar e casar são duas etapas distintas na vida de uma pessoa, e nem todas as histórias de amor precisam terminar em casamento. Mas isso não significa que responder a uma outra vocação é um compromisso menor, pelo contrário. 

É verdade que o matrimônio é uma vocação linda e abençoada por Deus. É um chamado à entrega total, ao amor incondicional e à construção de uma família baseada na fé e nos valores cristãos. Mas, antes de se aventurar nessa jornada e pensar se você é chamado ao matrimônio, é fundamental discernir com clareza se essa é realmente a vontade de Deus para você.

Discernir: como saber a qual vocação Deus me chamou? 

Discernir significa perceber com clareza, distinguir com precisão uma coisa da outra, reconhecer as diferenças entre elementos ou ainda compreender com sabedoria. E isso engloba toda uma atitude que visa avaliar com cuidado, utilizando o bom senso e a razão para tomar decisões acertadas. Claro, em uma perspectiva cristã, a oração é um ponto fundamental nesse processo. Para isso, um aconselhamento espiritual é fundamental para entender qual caminho Deus preparou para você. 

Alguns sinais que podem ajudar você a entender se é ou não chamado ao matrimônio: 

  • Paz interior: Se a ideia de se casar traz a você um sentimento de paz interior e preenche o coração com alegria, isso pode ser um sinal de que você é chamado ao matrimônio.
  • Desejo de doação: durante seus momentos de oração, quando estiver em recolhimento ou ainda em um contexto que favoreça, pergunte-se: sinto o chamado a me entregar totalmente a uma relação com outra pessoa e construir uma família? 
  • Compatibilidade com o parceiro: Vocês compartilham os mesmos valores, sonhos e objetivos de vida?
  • Maturidade emocional e espiritual: Você e a pessoa com quem namora estão se preparando para os desafios da vida conjugal?

Alguns Santos que são conhecidos por viver um estado religioso de Vida Consagrada, passaram por esse processo, veja só: 

  • Santa Teresa de Ávila: Antes de se tornar uma grande mística e reformadora da Igreja, Teresa viveu alguns anos de namoro e chegou até mesmo a ser prometida em casamento. No entanto, durante um retiro espiritual, ela teve um encontro profundo com Deus e percebeu que sua verdadeira vocação era a vida religiosa.
  • São Francisco de Assis: Filho de um rico comerciante italiano, Francisco viveu uma juventude despreocupada e até mesmo se envolveu em uma guerra. No entanto, após uma experiência mística, ele renunciou a tudo e se dedicou à vida religiosa, fundando a Ordem Franciscana.

O que fazer se você não se sentir chamado ao matrimônio?

Se, após um processo de discernimento sincero, você concluir que o matrimônio não faz parte da sua vocação, não se desespere! Deus tem um plano maravilhoso para cada um de nós, e o chamado ao matrimônio não é o único chamado na igreja. Portanto, existem outras formas de viver uma vocação com entrega e amor. 

  • Vocação sacerdotal: esta é direcionada exclusivamente a rapazes e pode ser vivida em duas vertentes – a vocação diocesana, quando o sacerdote é ligado à uma Diocese ou como um sacerdote religioso, ligado à uma congregação religiosa. E em ambas as opções, são chamados a anunciar o evangelho e guiar a comunidade rumo ao caminho de Deus. Dentro desta vocação encontramos os diáconos, presbíteros e bispos. 
  • Vocação à Vida Religiosa: aqui estão as pessoas que se consagram a Deus por meio dos votos religiosos de pobreza, obediência e castidade, como nós, Irmãs Palotinas. Estas pessoas, geralmente, seguem e servem a Cristo por meio de uma Congregação Religiosa ou de um instituto de vida consagrada. 
  • Vida Laical: esse tipo de vocação pode ser vivida por leigos batizados que participam da comunidade cristã por meio da Igreja. Contudo, para esse grupo, diversos propósitos de vida podem ser encontrados, através do ministério familiar ou ações missionárias e um serviço específico à uma comunidade.  

Então, se você ainda tem dúvidas sobre o seu chamado, busque orientação espiritual com uma Irmã da nossa congregação, com um sacerdote ou um outro líder religioso de confiança. E você também pode participar de grupos de discernimento vocacional ou cursos sobre o tema.

Mas lembre-se: a vocação é um dom de Deus, e discerni-la com clareza é fundamental para viver uma vida plena e feliz. E claro, nós, Irmãs Palotinas, podemos  ajudar você a descobrir a sua vocação!

Quer saber mais sobre as Irmãs Palotinas? Então acesse: 

A vocação da mulher na Igreja

O carisma Palotino na Igreja

Seja uma vocacionada Palotina! 

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