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“A Caridade de Cristo nos impele” (2Cor 5,14). Este versículo bíblico diz muito sobre o que São Vicente Pallotti viveu e transmitiu para a Igreja por meio das obras e da fundação da União do Apostolado Católico.

E esta caridade de Cristo inspirou o carisma palotino que tem como essência “reavivar a fé e reacender a caridade em todas as pessoas”. Carisma esse que tem presente o protagonismo dos leigos e leigas, na força do batismo recebido, na comunidade e na sociedade.

Neste post vamos entender melhor o reavivar da fé e a chama da caridade segundo São Vicente Pallotti! Graças tão necessárias em todos os lugares da sociedade.

A caridade não é uma ação, mas uma experiência!

São Vicente Pallotti nasceu, viveu e morreu em Roma. Originário de uma família numerosa e profundamente católica, viveu uma infância tranquila, foi um aluno esforçado, um jovem de oração e um sacerdote empenhado na missão.

Toda sua vida é marcada por um forte desejo de servir a Deus. Como uma ponte que une pessoas, comunidades e diferentes iniciativas apostólicas, levou a todos união com Deus e entre si pela fé e caridade cristã.

No ano de 1835, fundou uma nova instituição, a União do Apostolado Católico. Reconhecida como associação internacional e pública de fiéis em 2003, a fim de unir todas as iniciativas apostólicas, convidando todos a participarem da missão da Igreja. 

Pallotti fez um apelo ao povo romano, expondo-lhe a ideia e o objetivo do Apostolado e convidando sacerdotes e leigos a participarem dele:

“Todos, grandes e pequenos, formados, estudantes, operários, ricos e pobres, padres, leigos, religiosos e seculares, comerciantes e empresários, funcionários, artistas e artesãos, comunidades e indivíduos, cada qual no seu próprio estado, na própria condição, de acordo com os próprios dons, podem dedicar-se às obras do Apostolado Católico para reavivar a fé, reacender a caridade e propagá-las em todo o mundo”.

A caridade em São Vicente tem um contexto histórico

Toda pessoa é filha também de um tempo histórico, e para Pallotti não foi diferente. Associado ao tempo em que ele viveu, estava a força do Espírito Santo que o conduziu a um caminho profético.

No século XVIII surgiram muitas mudanças e revoluções. É deste período as ideias do Iluminismo, as guerras napoleônicas, a questão operária, que culminou no “manifesto comunista”, as tendências liberais, os movimentos nacionalistas na Europa e o desenvolvimento da imprensa.

Esse panorama refletia na Igreja. Ela confrontava-se com os problemas que dificultavam a vivência da fé e o crescimento das tarefas ligadas ao anúncio do Evangelho nas terras de missão. Diante disto, Pallotti sentiu-se impulsionado a dar uma resposta aos tempos difíceis.

No território da cidade de Roma, ele, com um grupo de colaboradores, desenvolveu uma notável célula de atividades apostólicas. Ao mesmo tempo, ocupou-se em unir e coordenar tais atividades e a UPC veio em resposta a esse apelo da Igreja e das pessoas.

Reavivar a fé e reacender o amor segundo Pallotti

Dentro desse contexto, compreendemos o significado da fé e da caridade segundo Pallotti: além de uma experiência espiritual marcada pelo amor à Eucaristia, uma profunda devoção mariana e uma vida apostólica ativa.

A caridade e a fé na vida desse santo estão unidas, como uma necessidade urgente de resgatar a essência da vida cristã no coração de cada batizado. E a caridade não está associada apenas a gestos, doações, solidariedade, mas ao anúncio vivo de Cristo.

Não é à toa que Pallotti foi pastor de prisioneiros e doentes, fundou escolas noturnas e abrigos para jovens! Além disso, organizou atividades de auxílio para os lavradores das vizinhanças de Roma, que viviam na mais absoluta miséria. Era um apóstolo e principalmente um pastor!

Um dos últimos gestos de caridade de sua vida foi doar seu casaco a um mendigo em meio a forte chuva e frio, o que lhe fez adoecer de pneumonia. Ele não fez apenas uma obra de caridade, mas inspirou a caridade e a fé por meio de uma grande Obra.

A fé e a caridade vividas hoje!

Agora podemos nos perguntar: será que reavivar a fé e reacender a caridade são necessários hoje? E como viver essa realidade? Não diferente da época de Pallotti, a humanidade está inserida no relativismo religioso e no esfriamento da fé.

A caridade, muitas vezes, é uma ação dissociada da experiência com Deus; um gesto automático e descomprometido com o evangelho. Logo, a fé também se mostra como algo superficial, que depende do estado de ânimo das pessoas.

Porém, é preciso lembrar, que a verdadeira fé e caridade são graças, são experiências que mudam a vida dos cristãos e geram frutos na sociedade! A vida segundo o carisma palotino é exatamente o despertar desse compromisso que, por meio do batismo, todos são chamados.

Por fim, o apostolado é a grande ação caritativa que se oferece à Igreja e às pessoas sob a luz do carisma palotino, é quando se está disposto a cooperar com o Reino de Deus a partir do local onde você se encontra, transbordando a experiência de Deus na vida e nas obras.

Conheça esse conteúdo: São Vicente Pallotti e o Carisma Palotino

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