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Como o ser humano vive seu cotidiano em comunhão com Deus? É possível viver o ativismo das atividades e rezar? Encontramos uma resposta na espiritualidade palotina.

Assim imagine qualquer cidade em movimento, também a Igreja com todas as suas atividades e no meio de nós a presença de Deus.

O CIC nos diz que “Dotada de uma alma espiritual e imortal, a pessoa humana é a única criatura sobre a terra querida por Deus por si mesma. Desde que é concebida, é destinada para a bem-aventurança eterna”.

Desde a criação, Deus escolheu caminhar conosco, Ele nos ama e para que compreendêssemos a profundidade dessa eleição, nos deu uma alma espiritual e imortal que nos aproxima Dele.

Dessa forma, Deus se relaciona conosco! Quando uma mãe dá à luz seu filho, ela não o tira de dentro do coração, eles permanecem unidos e, na maioria das vezes, ela sabe como eles estão sem que se expliquem.

Isso é amor, amor é relação e relação em Deus é sinônimo de espiritualidade. É sobre espiritualidade como relacionamento com Deus que vamos falar neste post.

 

O que é espiritualidade

 

O Padre Lício Vale define o tema da seguinte forma:

“A espiritualidade cristã pode ser definida como o espaço que damos para o Espírito Santo agir em nossa vida, a partir de dentro da realidade a qual estamos inseridos.”

O padre trata da espiritualidade cristã de uma forma geral, assim, todos podemos viver em comunhão com Deus. E de fato, esse é o sentido da vida cristã – a união com a Trindade.

Além disso, a espiritualidade é um jeito de viver, resultado da oração. Quando vivemos como rezamos, temos espiritualidade, e ela nos acompanha para todos os lugares, porque não é um amuleto que carregamos no pescoço, mas resultado da nossa vida com Deus.

Portanto, espiritualidade cristã é a comunicação de Deus conosco e nossa resposta a Ele. Logo, a soma dos terços, da Palavra de Deus, da eucaristia, da missão, da minha intimidade com Deus, ou seja, as pequenas ações espirituais constroem espiritualidade.

Agora, existem jeitos de viver com Deus que são específicos, trazem características de um carisma, de um instituto religioso e são ricos em experiências místicas, são verdadeiros dons do Espírito de Deus. Vamos conhecer a espiritualidade Palotina!

 

São Vicente Pallotti e espiritualidade Palotina

 

Falar sobre espiritualidade Palotina é começar por São Vicente Pallotti. Ele foi um sacerdote à frente do seu tempo quando se trata de vida espiritual e missão.

O fundador das Palotinas tinha uma preocupação constante em seu coração: tornar Jesus e sua Mãe, a Rainha dos Apóstolos, conhecidos e amados. E a novidade da vida desse santo era que ele não excluía ninguém e acreditava no protagonismo dos leigos para a missão.

Sendo assim, São Vicente difundia uma espiritualidade simples e profunda, centrada em Cristo e na missão, onde todos podem ser de Deus e evangelizar sem tantas exigências.

Lembremos que na época de Pallotti, 1795, a espiritualidade era restrita aos sacerdotes e as religiosas, a santidade era um troféu muito alto para quem não era freira ou padre, no entanto, ele promoveu entre os leigos a santidade.

Sua vida era uma mistura de contemplação e missão, traços evidentes da vida do mestre Jesus. Foi a partir de sua vida e seus escritos que nasceu a espiritualidade Palotina. Ela tem características da vida e da missão testemunhadas por São Vicente Pallotti.

 

A identidade Palotina

 

Para entendermos melhor este conteúdo, podemos dizer que a identidade Palotina compreende Espiritualidade e Missão. Esses elementos estão juntos, pois a espiritualidade condiciona a missão. 

Sem a primeira, a segunda torna-se rumor ou atividade mecânica. Portanto, há uma relação entre santidade pessoal e atividade apostólica.

E assim viveu o fundador. Ele utilizava todos os meios de apostolado, abraçando todas as virtudes no campo da perfeição e, dessa forma, ele marcou o seu tempo e a história da igreja com um profundo amor a Jesus e à missão.

E esse amor transborda em espiritualidade que traz, entre tantos outros sinais, alguns bens notáveis.

 

Como transborda a espiritualidade Palotina 

 

  • A imitação prática e quotidiana de Jesus Cristo 

A espiritualidade Palotina nos leva a perguntar em todas as situações: o que Cristo faria? Como Ele agiria? Logo a vida está comprometida com os ensinamentos e sentimentos de Cristo pela humanidade.

  • O empenho constante no crescimento da santidade.

A santidade nasce exatamente do encontro com Deus e com o outro na missão. A espiritualidade Palotina tem a oração e a missão como fontes de sua vida e tudo gera santidade.

  • A família de Nazaré é modelo para as relações na comunidade e no campo de ação.

A família de Nazaré é o ponto de referência para qualquer relação, seja na família, no trabalho ou na comunidade eclesial. A simplicidade, a humildade e o trabalho estavam sempre presentes, e Cristo é o centro de suas vidas. Assim é o cotidiano da vida e missão de uma palotina: colocar a vontade de Deus em primeiro plano.

  • O amor e a confiança em Maria Santíssima.

São Vicente Pallotti testemunhou um profundo amor a Nossa Senhora a quem ele chamava por Rainha dos Apóstolos. Ele confiou toda a obra aos seus cuidados. Da mesma forma, a espiritualidade palotina traz a confiança na Virgem Maria. Ela é o modelo de perfeito amor e serviço a  Deus. 

 

Imitar a Cristo 

 

A Espiritualidade Palotina é a imitação de Cristo Apóstolo do Pai para salvar todos os homens. Se Cristo salva todo homem, logo todos podemos nos aproximar de Cristo e experimentar essa salvação.

A Espiritualidade Palotina é um caminho de encontro com Deus que todos podemos trilhar.

Vamos trilhar esse caminho e aproximar ainda mais a vida da missão.

 

Leia também: Conheça 5 fatos sobre a história da vocação Palotina

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