Pentecostes é a festa do Espírito Santo, celebrada 50 dias após a Páscoa do Senhor, quando os apóstolos experimentam a presença forte da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade prometida no Evangelho.
Após esse momento, eles saem em missão sem medo algum, destemidos, convictos e apaixonados pelo Senhor e pelo anúncio da Boa Nova. Até hoje esse acontecimento marca a história da Igreja e se renova sempre que recebemos os sacramentos.
Há ainda dons e manifestações do Espírito Santo que são sementes de Pentecoste ao longo da história da Igreja, entre essas sementes estão as Congregações, que são enormes sementeiras de vocação.
E na lista das Congregações, encontramos o carisma Palotino – fundado por São Vicente Pallotti, apóstolo do apostolado leigo! Essa família, assim como todas as outras, está ligada à força do Espírito. Vamos conhecer essa unidade neste post.
Pentecostes no Antigo Testamento
A palavra “Pentecostes” vem do grego e significa quinquagésimo dia após a Páscoa. A festa de Pentecostes no Antigo Testamento era a celebração da colheita (Ex 23,14), o dia de alegria e ação de graças, quando o povo celebrava a colheita dos produtos da terra e oferecia a Deus seus primeiros frutos.
Essa celebração aconteceu após a saída do povo do Egito, ou seja, após a passagem, a Páscoa judaica, quando eles foram libertados da escravidão do Faraó. Então, Deus instituiu a festa da colheita, portanto Pentecostes era uma festa agrícola.
Pentecostes no Novo Testamento
Jesus era judeu praticante. Ele não veio para abolir a lei, mas para dar-lhe plenitude. Por isso, a festa de Pentecostes ganha um novo sentido após a Páscoa de Cristo, que é a Páscoa dos Cristãos.
Lembremos algumas passagens bíblicas em que Cristo nos promete o Paráclito:
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“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.” (Jo 14,16);
- “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.”(Jo 14,26);
- “E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem aí o cumprimento da promessa de seu Pai, “que ouvistes” – disse ele – “da minha boca, porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias”. (At 1,4)
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“E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 2,3-4);
Essas promessas se realizaram cinquenta dias após a Páscoa de Cristo, então o que era a festa da colheita para os judeus tornou-se a festa da partilha dos dons do Espírito Santo para os cristãos, o Pentecostes, que marca a saída dos apóstolos em missão.
Portanto, a festa do Espírito Santo é a celebração da Pessoa real que caminha conosco e, como diz o Papa Francisco, nos ensina por onde começar, que caminhos seguir e como caminhar.
Carisma Palotino, uma força do Espírito Santo
Como diz a Palavra de Deus, são muitos os dons do Espírito Santo (I Cor 1,12). E Ele concede abundantemente, de várias maneiras, para muitas pessoas e algumas, de modo particular, recebem carismas que beneficiam a Igreja e geram vocações.
Assim aconteceu com São Vicente Pallotti quando respondeu ao apelo do Espírito Santo e colocou em movimento um carisma fundacional através de uma nova família religiosa, a União do Apostolado Católico, em 1835. O carisma palotino é um dom do Espírito!
Quando Pallotti fundou a congregação, ele estava envolvido pela graça divina, ou melhor, pela misericórdia de Deus, que olha as pessoas com ternura. Assim, a experiência de Deus concedeu força e coragem para que ele levasse adiante um projeto inovador.
De fato, a fundação de um instituto de apostolado universal foi obra do Espírito de Deus, que, segundo as Escrituras, nos relembra o que Cristo fez por nós (Jo 14,26). E o carisma palotino é reavivar a fé e reacender a caridade! Tudo que o Pai deseja para seus filhos.
Pallotti seguiu o impulso do Espírito
O dom da profecia é uma graça que acompanha a vida dos batizados e marca fortemente a missão de um fundador. Ele se caracteriza pelo anúncio do Reino sob uma nova perspectiva no hoje em vista do futuro, tendo Cristo como modelo.
Para Pallotti, a missão de Cristo, Apóstolo do Pai, era para todos, inclusive para os leigos. A sua visão profética sobre o apostolado leigo, realizado com fervor e compromisso, foi confirmada no Concílio Vaticano II, pelo Papa João XXIII, quando o declarou santo!
Portanto, o carisma palotino é uma semente de pentecoste que brotou em 1835, quando um jovem sacerdote começou a espalhar um novo jeito de evangelizar! E ele não estava sozinho, mas com Deus, com Maria e com outros irmãos que embarcaram na mesma fé.
Para Pallotti e o carisma palotino, Maria é a Rainha dos Apóstolos! Sem ela a missão é órfã de mãe, e com ela somos todos irmãos em Cristo Jesus. Maria encoraja a Congregação a permanecer firme e sempre esperar por um novo pentecostes.
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