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Com Maria, no Cenáculo, à espera do Espírito Santo

Maria, a mãe de Jesus, é uma presença carismática na história da salvação; ela é a Arca da Aliança; acompanhou seu Filho durante sua missão até a cruz; testemunhou sua ressurreição e fortaleceu os apóstolos até a vinda do Espírito Santo.

O Papa Francisco reconheceu o papel da Virgem Maria na festa do Espírito Santo e instituiu, na primeira segunda-feira após Pentecostes, a memória da Virgem Maria Mãe da Igreja e afirmou: 

“Nosso pensamento a Maria. Ela estava lá, com os apóstolos, quando veio o Espírito Santo, protagonista com a primeira comunidade da admirável experiência de Pentecostes, e rezemos a ela para que obtenha para a Igreja o ardente espírito missionário”.

O Espírito Santo é a alma da Igreja e Maria sua esposa. A Igreja é o corpo místico de Cristo e celebra com grandeza, em comunhão com todos os santos, o evento de Pentecostes com todo o povo de Deus! 

O Espírito Santo contou com Maria em Pentecostes

A palavra Pentecostes vem da palavra grega “pentekosté” e significa “quinquagésimo”, ou seja, representa 50 dias depois da Páscoa. Nesse tempo, comemora-se a vinda do Espírito Santo e a explosão missionária da Igreja. 

Mas antes de ser uma celebração cristã, Pentecostes era uma festa judaica, associada ao tempo de colheita, relacionada ao dia em que Deus entregou as tábuas da Lei a Moisés, no Monte Sinai. 

O Pentecostes cristão acontece em cumprimento à promessa de Jesus, após sua ascensão aos céus, quando enviou o Espírito Santo sobre Maria e os apóstolos, reunidos no cenáculo, conforme São Lucas narra em At 1,4-8.

Esse evento transformou a vida dos apóstolos, enviando-os definitivamente para a missão e anúncio fervoroso do reino de Deus. Graças a esse acontecimento, o cristianismo cresceu, edificou-se e chegou até os nossos dias como uma das maiores religiões do mundo.  

A importância de Maria no novo Pentecostes!

Da mesma forma como nas Bodas de Caná (Jo 2,1-11), Maria exerce um papel importante em Pentecostes. Lembremos que na cruz, antes de morrer, Jesus nos deu sua Mãe como nossa mãe na pessoa de São João.

Na verdade, todos os discípulos já haviam acolhido Maria como mãe, desde a vida pública de Jesus, pois ninguém senão Ela havia participado de toda a vida de seu Filho, desde o momento da concepção até a ressurreição. 

Maria, então, foi presença fundamental quando Jesus se ausentou após sua morte como consolo e esperança para os apóstolos. Da mesma forma como ela estava em pé diante da Cruz, permaneceu em pé, de prontidão, aguardando a ressurreição do Senhor e o derramamento do Espírito Santo.

Mas podemos nos perguntar se em Pentecostes a Virgem Maria recebeu o Espírito Santo novamente! Nossa Senhora já era plena no Espírito e sua presença confirma ainda mais o nascimento da Igreja como esposa de Cristo ao lado dos apóstolos e em favor do povo de Deus. 

A Rainha dos Apóstolos testemunhou o nascimento da Igreja

Maria também é a Mãe dos apóstolos. Nesse sentido, é fácil perceber que a presença materna de Maria auxilia os discípulos a perseverarem na fé e na espera do Espírito Santo Consolador. 

Por isso, permaneciam unidos em oração, suplicando a Deus a vinda do Paráclito, e Maria estava entre eles como uma figura materna e fraterna, preparando os apóstolos para acolherem o Espírito Santo.

Com a descida do Espírito Santo no cenáculo, os apóstolos venceram seus temores e, destemidos, proclamavam o Evangelho. Ali era formada a primeira comunidade cristã, com o nascimento da Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo.

Carisma Palotino, uma força do Espírito Santo

Com a vinda do Espírito Santo em Pentecostes muitos dons foram derramados sobre a Igreja nascente e toda a humanidade (I Cor 1,12). E é o próprio Espírito quem continua realizando essa graça de diversos modos em benefício da salvação do povo de Deus.

Os sacramentos, as vocações e os carismas, por exemplo, são dons de Pentecostes. A força de muitos santos ao longo da história têm o dedo de Deus, ou seja, a presença do Espírito renovando a face da terra e lembrando ao homem quem o ama e salva!

Nessa força do Espírito nasceu a vocação palotina por meio de São Vicente Pallotti, que respondeu ao apelo de Deus e fundou uma nova família religiosa, a União do Apostolado Católico, em 1835. Portanto, o carisma palotino é um dom do Espírito! 

E para Pallotti e o carisma palotino, Maria é a Rainha dos Apóstolos! Sem ela a missão é órfã de mãe, e com ela somos todos irmãos em Cristo Jesus. Maria encoraja a Congregação a permanecer firme e sempre à espera de um novo Pentecostes.

Por fim, rezemos para que nossa vida seja sempre lugar do Espírito Santo:

Jesus misericordioso, eu te agradeço, porque nos deste Maria como mãe. Eu te agradeço Maria, porque destes a humanidade, Jesus, o Mestre Divino, caminho, verdade e vida e por que no calvário nos aceitastes a todos como filhos. 

A tua missão está unida à de Jesus, que “veio procurar e salvar o que estava perdido”. Por isso, oprimido pelos meus pecados, me refugio em ti, minha mãe e minha esperança. Olhai-me com misericórdia, como um filho doente. 

Espero receber teus cuidados maternos. Tudo espero em ti: perdão, conversão, santidade. Pertenço a uma categoria particular entre os teus filhos: a dos mais necessitados, nos quais abundou o pecado, onde havia transbordado a graça. Esses te inspiram especial piedade… Acolhe-me entre eles. 

Faz um grande milagre, transformando um pecador em apóstolo. Será um grande prodígio e uma glória a mais pra teu Filho e para ti, minha mãe. Tudo espero de teu coração, mãe, mestra e rainha dos apóstolos. Amém. 

Aprofunde este tema: Pentecostes e o Carisma Palotino

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