O testemunho de uma vocação é uma grande rede lançada ao mar para pescar vidas! Assim aconteceu com São Pedro no momento em que ele obedeceu ao Mestre e assistiu a pesca milagrosa: sua vida se tornou um grande testemunho.
E a congregação Palotina tem a alegria de compartilhar o testemunho vocacional de Irmã Luzia, 56 anos, neste post. Consagrada há 32 anos, ela experimentou desafios, mas nunca duvidou da voz do Mestre. Hoje ela lança essa rede sobre muitas vidas. Confira.
“Meu pai acreditou em mim…”
“Venho de uma família bem religiosa, meus pais participavam da Missa dominical; minha mãe servia na liturgia e na catequese, na promoção humana; essa família foi o centro, a semente de minha vocação religiosa.
Depois da caminhada com minha família, comecei na catequese e no grupo de jovens; e participava da juventude com festas, clubes, bailes, mas essa semente, esse desejo grande de ser uma Irmã já veio muito cedo, porque, além da família, desde os sete anos eu já falava para meus pais sobre a vontade de ser religiosa.
Meu pai logo acreditou em mim e disse que, quando eu fizesse 8 anos, depois da primeira eucaristia, me levaria para conhecer as Irmãs. Mas minha mãe não acreditava. E quando eu completei 8 anos, meu pai morreu.
Então eu esperei. Meus irmãos (somos três) seguiram suas vidas, casaram-se. Eu fui conversar com o pároco da minha paróquia e ele me perguntou se eu queria conhecer as Irmãs Palotinas, então me levou a Arapongas.
Aí comecei meu caminho vocacional junto com a Irmã Josélia Juliane. Ela me explicou sobre a Congregação, a espiritualidade, a missão, mas quando citou o carisma de São Vicente Pallotti, eu me apaixonei! Me apaixonei pelo trabalho, pela missão, pela catequese, pela vocação.
Faz 32 anos que estou na congregação e posso dizer que nunca tive dúvidas….
Encontrei muitos desafios nesse período, porque, ao sentir o chamado de Deus, somos enviadas!
E estive em muitos lugares no Brasil e fora.
O desafio maior é a cultura, a língua, entrar na realidade em que estou, saber escutar, caminhar junto com o povo, amar, compreender, conhecer a cultura na qual estou. E no fundo eu sei que Deus está aí caminhando junto, a graça de Deus é muito maior do que qualquer medo ou qualquer dúvida que eu possa ter, e sempre temos a oração.
Meus pais me ensinaram a rezar, que a oração é o centro da família. Logo, a oração sempre foi o centro da minha história vocacional e dentro da minha congregação recebi toda ajuda que precisava.
Jovem, você que está lendo agora este texto: não tenha medo de dizer sim! Pode-se temer a perda dos amigos, a distância dos pais, da família, dos irmãos, mas não tenha medo! Venha com valentia, o importante é querer e Deus dá a graça, a sabedoria para seguirmos.
E onde você encontra essa força? Participando da Igreja, do grupo de jovens, como catequista, ajudando na liturgia, acolhendo as pessoas, os enfermos, buscando as pessoas que têm sede de conhecer Jesus, o grande autor de nossa vida.
Se houver dúvida no desejo de seguir, peça a Maria, Rainha dos Apóstolos, e a São Vicente Pallotti que eles intercedam por você! Conta com minha oração, estou sempre rezando, tome a decisão, não tenha medo, você verá a graça de Deus em sua vida.”
