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Antes de mais nada, a Igreja é rica em patrimônio espiritual e muitos colaboram com seu testemunho para mantê-la viva até hoje. Entre esses estão os santos e alguns se destacaram especialmente pelo incentivo que deram ao apostolado leigo em meio à comunidade eclesial.

Neste post apresentaremos a importância de São Vicente Pallotti para o nascimento e crescimento do apostolado leigo na Igreja. 

Talvez você não o conheça, mas saiba que sua pastoral ou serviço evangelizador como leigo tem a semente desse grande santo, que marcou a história com seu Carisma.

 

O mundo antes do apostolado leigo

 

Toda pessoa humana é filha também do tempo em que vive. Dessa forma, é impossível separar a vida de alguém do contexto em que ela está inserida, e os santos foram pessoas muito comprometidas com a situação social e política de sua época.

Assim, antes de falar das contribuições de Pallotti no apostolado leigo, entendamos o que se passou em torno dele naquele momento. São Vicente nasceu e cresceu no final do século XVIII em meio a grandes transformações mundiais que afetaram também a Igreja.

Basta citarmos a primeira Revolução Francesa, o surgimento do capitalismo e o iluminismo como o tripé das novas ideias. Esses movimentos geraram grandes consequências e mudaram a forma do homem pensar e relacionar-se com a Igreja.

Neste período, a Igreja sofreu vários ataques e perdeu muita credibilidade e parte de sua liderança, sobrevivendo da oração das pessoas mais simples, pobres e tementes a Deus que viviam à margem da sociedade e do mundo.

Mas o Espírito Santo sempre tem uma resposta para a humanidade em meio às revoluções, uma vez que Ele nunca abandona a sua esposa, a Igreja. E foi assim, neste contexto conturbado que, em julho de 1835, Pallotti recebeu a aprovação do Apostolado Católico com o fim de reavivar a fé e reacender a caridade em todos os fiéis.

 

São Vicente unido ao apostolado leigo

 

Acima de tudo, a intenção de Pallotti era criar um grupo em que todos os batizados fizessem parte como protagonistas da evangelização. Para isso, nasceram os irmãos da Pia União denominada Apostolado Católico (UAC), para contribuírem ativamente nesse apostolado leigo.

Hoje, a presença do leigo nas pastorais e serviços da Igreja é muito comum, mas, na época de Pallotti, os serviços eram realizados pelo clero e a vida religiosa, logo, o santo foi um grande revolucionário do Espírito para começar um novo tempo a serviço da Igreja.

Dessa forma, o Fundador do Apostolado Leigo foi um homem à frente do seu tempo que trouxe a visão do leigo como um apóstolo de Cristo juntamente com sua Mãe, a Rainha dos Apóstolos. Para ele, todos os batizados participam da missão evangelizadora de Cristo.

Enquanto a Igreja sofria ameaças, São Vicente levantava um novo grupo de pessoas para continuar a missão de Cristo. Mas todo esse caminho não foi fácil para Pallotti! O reconhecimento chegou somente no Concílio Vaticano II, quando o Papa o canonizou e reconheceu a herança espiritual que ele deixou para a Igreja.

 

Nasce o movimento leigo

 

Os primeiros membros do grupo fundado por Pe.Vicente Pallotti eram sacerdotes diocesanos e religiosos, leigos e leigas que tinham o objetivo de pescar todos os batizados para a União do Apostolado Católico.

Eis as palavras que Pallotti publica: 

“Todos, grandes e pequenos, formados, estudantes, operários, ricos e pobres,
padres, leigos, religiosos e seculares,
comerciantes e empresários, funcionários, artistas e artesãos,
comunidades e indivíduos,
cada qual no seu próprio estado, na própria condição,
de acordo com os próprios dons,
podem dedicar-se às obras do Apostolado Católico
para reavivar a fé, reacender a caridade e propagá-las em todo o mundo.”

 

A primeira palavra que Pallotti diz é “todos” e ela manifesta a intenção do coração dele de envolver todos no apostolado leigo católico, enfrentando muita incompreensão dentro da própria Igreja, mas sem perder a comunhão com ela e suas autoridades.

Deste modo foram muitos os trabalhos realizados pela UAC, inclusive com a participação forte dos jovens que viviam nas vias da cidade. Além da instrução espiritual, Pallotti lhes ajudava na educação escolar e profissional para o ambiente de trabalho. 

São Vicente Pallotti foi um semeador do apostolado leigo na Igreja. Sua inspiração tem origem na vida de Cristo, o grande apóstolo do Pai, e os frutos dessa plantação existem até hoje, isso mostra o quanto o apostolado leigo é Vontade de Deus para todos nós.

 

A santidade do leigo na Igreja

 

São Vicente teve uma vida fecunda ao longo dos seus 55 anos! E a obra que ele fundou cresceu muito, reunindo tanto a vida religiosa, sacerdotal como o apostolado leigo. Além disso, muitos outros movimentos e espiritualidades  se espelham em seu trabalho.

Com grandeza, sua obra inspira santidade, compromisso, bem como a criatividade evangélica em qualquer tempo e lugar onde exista um batizado. A santidade se traduz através da espiritualidade e a prática da caridade, atitudes constantes no apostolado leigo.

O compromisso é próprio do batizado que se reconhece como missionário onde ele se encontra, seja na família, no trabalho, na escola ou na comunidade. O apostolado leigo é uma realidade presente na Igreja, mas também na sociedade como fermento na massa.

Por fim, mas sem esgotar a herança deixada por Pallotti para o leigo, está a criatividade evangélica. Essa brota de uma escuta ativa do Espírito, sempre atento aos apelos dos filhos de Deus, e nos envia como colaboradores na atualização do Evangelho hoje.

Dessa forma, o apostolado leigo continua santificando a vida e confirmando a santidade da Igreja. E em Pallotti temos um grande intercessor e animador das obras de evangelização diante dos desafios do mundo contemporâneo. 

Vamos nos lançar nesta confiança!

 

Confira também este conteúdo: 5 livros sobre São Vicente Pallotti que você precisa conhecer

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