Nos Acompanhe !

“Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!” (Sl 133,1). É dessa forma que o salmista descreve a fraternidade, como um dom divino! E a fraternidade é um dos pilares para viver bem a vocação, porque ela produz alegria e união.

E quando falamos em vocação, nos referimos primeiro a ser pessoa segundo imagem e semelhança de Deus, lembrando que o nosso Deus é Trino, Comunidade, Fraternidade e nos fez para vivermos Nele e em união uns com os outros.

Dessa forma, a vida fraterna é uma característica marcante do cristão e do cristianismo. Por isso, ela está presente na família, na paróquia, nos movimentos, pastorais, na campanha da fraternidade e em cada vocação específica, já que o outro é tão importante para nós.

Por isso, vamos refletir sobre sua importância, porque nenhuma vocação gera frutos se não tiver a vida fraterna como um de seus pilares. Confira!

O que é Vida Fraterna

Segundo o Papa Francisco, “A vida fraterna é reflexo do modo de ser e doar-se de Deus, é testemunho de que ‘Deus é Amor’. A vida fraterna confessa acreditar e viver o amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e por isso a comunidade fraterna torna-se reflexo da graça do Deus Trindade de Amor”.  

Logo, a vida fraterna é a convivência entre irmãos dentro de uma comunidade que nutrem entre si os sentimentos de Cristo. A base da vida fraterna é a oração e, ao mesmo tempo, é no relacionamento com os irmãos que colocamos em prática a experiência que vivemos com o Senhor de forma pessoal.

E quando fazemos parte de uma comunidade, seja paroquial ou religiosa, somos acolhidos e acolhemos. Assim como na nossa família biológica, nós não escolhemos as pessoas que a compõem, mas trazemos o mesmo objetivo: a felicidade do outro como projeto de Deus.

Com efeito, a vida fraterna é o lugar do encontro com o outro, o momento da partilha, a oportunidade de praticar os mandamentos do Senhor e a maneira de testemunhar os grandes valores do evangelho como a caridade, o perdão e a vocação à santidade.

A partilha de vida enriquece a vocação

A Igreja é um grande jardim formado por diversas vocações, carismas, movimentos e serviços. Todos diferentes e necessários ao povo de Deus, espalhado pelo mundo e sedento da Palavra. 

Ao mesmo tempo em que existem diversas vocações, elas também se complementam. Por exemplo: o quanto os sacerdotes precisam dos religiosos para ajudar na catequese e expandir a Palavra de Deus nos lugares mais distantes.

O quanto os religiosos precisam dos leigos, solteiros ou casados, para levar ao mundo do trabalho e à sociedade em todas as instâncias a mensagem de Cristo! Essa unidade se fortalece pela vida fraterna em que todos se ajudam mutuamente com seus dons e serviços.

Logo, sacerdotes, religiosos, casais, leigos são fundamentais para a evangelização e para o fortalecimento da vida em comunidade. Entre eles não há hierarquia, mas serviço, há um “lava pés” como ensinou o mestre, e cada pessoa é indispensável para o Reino.

As Palotinas e a vida fraterna

A vida religiosa palotina é feliz pela presença de inúmeros leigos que fazem parte da congregação desde sua fundação, quando São Vicente Pallotti intuiu o quanto os batizados são importantes para a evangelização na Igreja.

Seja na vida em comunidade, onde as religiosas partilham os bens, a espiritualidade, o serviço, as dores e as alegrias, seja no Apostolado leigo em que o encontro com os casais e os solteiros geram alegrias, troca de experiências e animam a vida fraterna.

Essa unidade é motivo de louvor a Deus! “É como um óleo precioso que escorre na fronte…” (Sl 133,2), ou seja, tem o bálsamo do Espírito Santo; é motivo de cura para os corações, fortalecimento para a missão e traz a certeza de que nunca estamos sozinhos.

Por fim, sem vida fraterna não há transbordamento vocacional, não alcançamos a felicidade pessoal muito menos a finalidade da missão. Dessa forma, nos esforçamos todos os dias para não esquecermos a essência do evangelho: o amor entre nós por causa Dele!

Últimos adicionados

Com Maria, no Cenáculo, à espera do Espírito Santo

A importância do perdão para a saúde mental