Missão e vida religiosa são duas palavras que se encontram e se completam.
A missão é um transbordamento de vida, e a vida religiosa no mundo de hoje é uma das formas mais sublimes de anunciar o conteúdo da missão: Jesus Cristo.
Todo batizado é missionário. O batismo, por si só, já imprime em cada pessoa uma inquietação que a leva ao encontro do outro. Porém, há formas mais específicas de viver a missão. Eentre elas está a consagração na vida religiosa.
Além disso, existem diversas modalidades de anúncio da Boa Nova, desde a pregação até com uma simples passagem por um lugar.
Para a teóloga colombiana Olga Consuelo: “A Igreja não tem uma missão; a Igreja é missão. Mas quem é a Igreja? Somos nós. Então, podemos dizer que não temos uma missão, mas temos que ser missionários”.
Sendo assim, preparamos este post para falar sobre a missão da vida religiosa no mundo hoje. A partir de pontos fundamentais: Missão na Igreja, Uma vida em missão e a missão além fronteiras.
Missão na Igreja
O Papa Francisco nos lembra que “A alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária”. A essência da Igreja é ser missionária.
Desde o início da pregação de Jesus, Ele estava sempre a caminho, sem reclamar ou desistir. E, assim, continuaram os apóstolos – a vida deles era uma constante saída. Por causa dessa dinâmica, a Boa Nova chegou em muitos lugares do mundo.
O Papa ainda exorta: “A alegria do Evangelho nasce do encontro com Jesus”. Logo, a mensagem central de todo anúncio é o querigma, ou seja, a vida de Jesus Cristo e o seu amor pela humanidade.
Portanto, não é preciso se preocupar com estruturas, nem palcos, nem palanques para evangelizar, basta confiar que a Palavra de Deus, o próprio Jesus Cristo, que, quando é anunciado aos povos, realiza sua obra.
Vida religiosa e missão
O consagrado é a pessoa que ouviu o chamado de Deus, disse “sim”, abraçou os conselhos evangélicos e a vida em comunidade, dentro de um carisma específico.
Assim, sua primeira terra de missão é o chão de sua congregação – seus irmãos – a vivência do carisma ao qual pertence e a vida comunitária.
Mas por que dentro de um carisma específico? Porque toda congregação tem uma graça específica e uma missão particular.
Por exemplo, as Irmãs Palotinas, segundo seu fundador São Vicente Pallotti, são chamadas a reavivar a fé e reacender a caridade. Logo, estão disponíveis a qualquer obra apostólica em que o Amor as chama, conforme as necessidades locais.
Portanto, dedicam-se à missão na educação, no atendimento às crianças, aos jovens, às famílias, aos enfermos, aos migrantes, nas pastorais paroquiais, missões em outros países e outras atividades que mais oportunizam a formação de apóstolos missionários para a Igreja.
Assim como as Palotinas, toda Congregação tem uma ação evangelizadora própria que colabora com a missão da Igreja de anunciar o Evangelho a todos.
A vida religiosa e a missão além fronteiras
Missão além fronteiras também faz parte da missão de cada consagrado. Mais uma prova de que o Evangelho é um direito universal e somos todos irmãos. Há tanta beleza na missão como há na criação da natureza e do homem.
A missão além fronteiras implica conhecer um povo, sua história, sua língua, acolher seus costumes e, através da amizade, comunicar Jesus Cristo, ou seja, deixar sua pátria e abraçar a pátria do outro.
E principalmente, o consagrado a Deus, através da missão da vida religiosa, é chamado à missão fora de sua terra natal. Esse envio pede preparação e compromisso com o Evangelho e com um povo.
Este anúncio do Evangelho envolve muita oração e colaboração concreta às pessoas, sobretudo aos mais necessitados. E muitos são os testemunhos de jovens e religiosos que entregaram suas vidas por causa do Reino de Deus.
Vida religiosa no mundo de hoje
Em um mundo globalizado, ainda dividido pelas intolerâncias e pós-pandemia, mais do nunca, a missão da vida religiosa é a “busca pelo Absoluto”.
O consagrado é o sinal visível de que o Reino de Deus continua vivo no meio de Deus, uma vez que o chamado à entrega total continua acesa em muitos corações.
E como disse o Papa Francisco na Missa pela vida consagrada: “Tomemos Jesus nos braços. Mesmo que experimentemos fadiga e cansaço. (…) “Encaminhemo-nos para a alegria do encontro. Isto é bom! Coloquemo-Lo no centro e continuemos para diante com alegria.”
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