O Advento é um tempo de espera. As velas da coroa se acendem, semana após semana, simbolizando a luz que vence a escuridão. Esperamos Aquele que vem.

Contudo, para um coração jovem e inquieto, esperar pode ser desafiador. Se você sente o chamado para fazer a diferença, se a sua fé pede movimento, saiba que o Advento não é uma espera passiva. É uma preparação ativa.

Muitas vezes, a melhor forma de preparar o coração para a chegada de Jesus é indo ao encontro d’Ele, especialmente naqueles que mais precisam. É descobrindo que as missões e ação social são, na verdade, a própria esperança entrando em movimento.

A missão como caminho de transformação interior – como o servir ajuda a discernir o próprio chamado

Frequentemente, acreditamos que o discernimento vocacional é um processo puramente interno, feito apenas no silêncio da oração. De fato, a oração é o alicerce indispensável.

Porém, a nossa fé é uma fé encarnada. A voz de Deus raramente fala apenas no vazio; ela ecoa, com força, no rosto do outro.

Nesse sentido, quando você decide sair de si mesma para servir, algo profundo se transforma. Ao calçar as sandálias para visitar uma comunidade ou ao dedicar seu tempo a um projeto de voluntariado, você rapidamente percebe que não está apenas doando, mas recebendo.

Por exemplo, nas missões palotinas, seja em realidades distantes como Moçambique ou em comunidades ribeirinhas aqui no Brasil, vemos jovens que chegam com a intenção de ensinar e saem tendo aprendido o essencial sobre a vida, a fé e o propósito.

Portanto, é no serviço que você descobre os dons que Deus lhe deu. É na prática das missões e ação social que você entende, de forma concreta, como Ele deseja que você use esses dons para “reavivar a fé e reacender a caridade”, como sonhava nosso fundador, São Vicente Pallotti.

Desafios que se tornam oportunidades: O poder das missões e ação social

É claro que a missão pode assustar. Sair da nossa zona de conforto, encarar realidades de pobreza, sofrimento ou injustiça, tudo isso nos desafia profundamente.

Inicialmente, o choque de realidade pode ser grande. Você pode, inclusive, se sentir pequena ou incapaz diante de tamanhos desafios.

Contudo, é exatamente nesse ponto de vulnerabilidade que a graça de Deus atua de forma extraordinária. Esses desafios são, na verdade, oportunidades disfarçadas. Vemos isso constantemente nos testemunhos de jovens que participam de nossas ações: elas vão com medo de não ter o que dizer e descobrem que a maior missão era saber ouvir.

Além disso, a missão quebra nossos preconceitos e alarga nosso coração. O Papa Francisco, ao nos convocar para sermos uma “Igreja em saída”, nos lembra que a missão nos “lava os olhos” para ver o mundo como Deus vê. Em outras palavras, as missões e ação social nos forçam a depender menos de nossas próprias forças e mais da providência de Deus. E essa confiança radical é o solo fértil onde toda vocação floresce.

Esperança em movimento: a alegria de servir

Se o Advento é a espera da Esperança, a missão é a própria esperança em ação.

Há uma alegria inexplicável que brota do serviço desinteressado. Certamente, não é a alegria passageira de uma conquista pessoal ou de um elogio. É a alegria profunda e duradoura de ser um instrumento de Deus, de ser canal da Sua ternura no mundo.

Dessa forma, quando se doa, você experimenta na prática a alegria do Evangelho. Essa alegria é contagiante. Ela não apenas transforma a realidade ao seu redor, mas também se torna um sinal claro, uma confirmação interna do seu caminho.

Se o seu coração se aquece e se alegra profundamente ao servir os mais necessitados, preste atenção: Deus pode estar falando alto com você exatamente ali!

Pequenas missões, grandes respostas: As missões e ação social no dia a dia

Talvez, ao ler este texto, você pense que a missão exige uma viagem para outro país ou uma mudança drástica de vida. Sem dúvida, essa é uma dimensão linda do apostolado.

Mas as missões e ação social começam exatamente onde você está.

A missão pode ser o gesto de visitar um idoso solitário no seu bairro. Pode ser a paciência e a caridade com que você trata sua família em casa. Pode ser o voluntariado na pastoral da sua paróquia ou a organização de uma campanha de alimentos no seu grupo de jovens.

Deus não nos pede coisas extraordinárias o tempo todo. Ele nos pede que façamos o ordinário com um amor extraordinário.

Portanto, não espere ter todas as respostas ou o “momento perfeito” para começar a servir. Muitas vezes, é no pequeno gesto missionário do dia a dia que encontramos as grandes respostas para o nosso chamado.

O seu Advento pode ser diferente

O Advento nos chama a preparar a manjedoura do nosso coração. As missões e ação social são a palha que aquece esse lugar. Se a sua espera é inquieta, talvez Deus esteja lhe chamando para esperar em movimento, servindo.

Você sente esse chamado para doar sua vida, para servir, mas não sabe por onde começar? Quer entender como sua história e seus dons podem se encaixar na grande missão da Igreja?

Nós, Irmãs Palotinas, queremos caminhar com você nessa descoberta.

Participe de um Encontro Vocacional e descubra sua missão!

E se desejar uma conversa mais pessoal sobre sua jornada, estamos aqui para ouvir você, sem compromisso. Fale com uma Irmã Palotina.