São João Paulo II dirigiu uma palavra fraterna aos membros da Sociedade do Apostolado Católico – Palotinos – reunidos em Capítulo Geral, em 06 de outubro de 1998.
Segundo o Papa, o evento era espiritual e eclesial, em plena preparação para o Grande Jubileu do Ano 2000, dedicado ao Espírito Santo. Por isso, ele invocou o Espírito Santo com essa bela oração:
“Juntamente convosco invoco o Espírito divino, para que vos ilumine em discernir os sinais dos tempos e vos leve a conservar e desenvolver no nosso tempo a riqueza do vosso carisma.”
E assim São João Paulo II envia-os a conservar e a desenvolver a riqueza do carisma Palotino. Vamos, então, neste post, relembrar as palavras do santo Padre para toda a família Palotina.
O Convite de São João Paulo II à família Palotina
O tema do Capítulo Geral foi “Fiéis ao futuro… tendo o olhar fixo em Jesus, autor e consumador da fé (Hb 12, 2)”. Então, São João Paulo II fez uma ponte entre a fidelidade e a fé, quando disse:
“A fidelidade supõe a fé, na qual está posto o fundamento da existência cristã.”
E a fé, segundo o Pontífice, constitui o horizonte do caminho espiritual e apostólico. Pois Jesus acompanha os crentes ao longo de toda vida, sustentando-os na dedicação apostólica e levando a cumprimento todos os bons propósitos.
De forma que a fé é fundamental para seguir fiel a Deus, porque ela nos insere na vida de Cristo, que, por sua vez, nos revela nossa verdadeira natureza e dignidade pessoal a fim de valorizá-la.
Por conseguinte, anunciar Cristo é o caminho que leva cada pessoa humana a absorver em plenitude a imagem de Deus, este é o objetivo final da nova evangelização.
E ainda exorta cada membro palotino:
“A reconhecer em cada um o rosto de Cristo, valorizando todo o ser humano, sem olhar para a sua condição ou estado.”
São João Paulo II anima-os a viver a santidade
O Papa traz para a família Palotina o exemplo e testemunho de santidade de São Vicente Pallotti, fundador da Congregação. A partir do ardor apostólico do fundador, diz o Papa, deveis tender pessoalmente à santidade.
É fato que todo o trabalho apóstolico que São Vicente Pallotti realizou é fruto de uma vida em comunhão profunda com Deus, uma vez que sem a amizade divina não se deixa o rastro de santidade, nem os frutos que ele deixou.
Logo, a santidade é o combustível gerado pela intimidade com Deus e a força para seguir adiante, contribuindo ativamente com a construção de um milênio com uma nova evangelização e ao mesmo tempo promovendo a santidade para os outros.
A vivência da vida fraterna
Após falar sobre santidade, São João Paulo II disse que o empenho da santificação pessoal deve ser vivido no seio das comunidades palotinas espalhadas no mundo.
“Trabalhai unidos e concordes para serdes autênticas testemunhas do Evangelho perante aqueles que encontrais no vosso ministério quotidiano.”
O santo Padre recordou à família Palotina o que escreveu na Exortação Apostólica Vita consecrata:
“A Igreja confia às comunidades de vida consagrada a missão particular de fazerem crescer a espiritualidade da comunhão, primeiro no seu seio e depois na própria comunidade eclesial e para além dos seus confins…”
E ressaltou a importância da vida fraterna como lugar de amor, partilha e sinal visível da comunhão eclesial. Então, a vida fraterna cristã que reflete qualquer espaço eclesial e social começa dentro da vida comunitária, no cuidado e respeito mútuo entre irmãos(ãs)
Em comunhão com os leigos
Por fim, São João Paulo II destaca a presença dos leigos na família Palotina, um legado da evangelização de São Vicente Pallotti deixado para a Igreja Universal. O Papa começou citando uma frase de Pallotti:
“O dom de cooperar para a salvação das almas é dentre todos o mais divino”.
O Papa explica que esse dom deve ser compartilhado não apenas dentro do Instituto, mas com os leigos e os colaboradores cotidianos do apostolado palotino. Isto porque um carisma é para todos e cada Instituto precisa descobrir isso.
Conforme o Papa:
“A participação dos leigos traz inesperados e fecundos aprofundamentos de alguns aspectos do carisma, reavivando uma interpretação mais espiritual do mesmo e levando a tirar daí indicações para novos dinamismos apostólicos” (Doc. Vida Consagrada)
Assim, o sonho de Pallotti levou a família palotina a inserir-se no coração da missão apostólica da Igreja no mundo de hoje.
Com essa palavras, São João Paulo II os abençoa e os envia sob a intercessão da Virgem Maria:
“Ajude-vos Maria, serva fiel e obediente do Senhor e exemplo excelente de fidelidade ao empenho apostólico. Unida em oração com os discípulos no Cenáculo de Jerusalém, à espera do dom do Espírito Santo, Ela oferece-vos o exemplo de oração incessante, de disponibilidade e de empenho ativo na missão da Igreja. Graças à sua intercessão materna, Deus renove em vós e na vossa Sociedade os prodígios do Pentecostes.”
São João Paulo II, rogai por nós!
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