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José Jankowski e José Stanek são dois homens que viveram a fé em um dos períodos mais difíceis da história – a Segunda Guerra Mundial. 

É do conhecimento da maioria que esse acontecimento causou muitas mortes (mais de 80 milhões de pessoas, entre elas, 6 milhões de judeus). Além disso, dividiu o mundo e deixou vários países em graves situações econômicas e sociais. 

Por isso, não se pode esquecer deste lado sombrio da história, para que não se repita, e nem de seus heróis! Realmente, muitos homens e mulheres foram silenciados fisicamente por causa das atrocidades da guerra, mas suas vidas deixaram legados eternos.

E dois desses legados serão revisitados neste post. Confira! 

 

José Jankowski e José Stanek, beatos no nome e nas virtudes

O beato, segundo a teologia da Igreja Católica, é aquele que goza da bem-aventurança celeste. É possível associar a passagem das Bem-Aventuranças (Mt.5), proclamadas por Cristo no Sermão da Montanha, à vida de todo beato reconhecido pela Igreja. 

Antes de tudo, o beato é a pessoa feliz, virtuosa, que serve ao próximo por causa da sua profunda relação com Deus, e a vida dele demonstra isso, é tanto que são as pessoas que dão testemunho das virtudes do beato.

E para se tornar um beato na Igreja, é preciso um processo, os milagres, o histórico da vida da pessoa, entre outros quesitos. No entanto, com o mártir não é assim, na verdade ele já cumpre todos os requisitos com a entrega de sua vida por causa do Evangelho.

Foi o que aconteceu com os jovens José Jankowski e José Stanek, religiosos palotinos que foram presos, torturados e mortos pelo regime nazista, mas não negaram a fé. E ainda consolaram outros que estavam na mesma situação. Conheça essa história!

 

Beato José Jankowski

Pe. José Jankowski nasceu no dia 17 de novembro de 1910 em Czyczkowy (Polônia). Em 1924 frequentou o ginásio dos Palotinos em Suchary; em 1929 entrou na Sociedade do Apostolado Católico e foi ordenado sacerdote em agosto de l936, dedicando-se ao trabalho pastoral e à propagação da fé. 

No início da Segunda Guerra Mundial, assistiu muitas pessoas com bens materiais e espirituais. Em 16 de maio de 1941, a Gestapo o prendeu e levou-o para o campo de concentração de Auschwitz, onde sofreu humilhações e toda espécie de tortura. 

No dia 16 de outubro de 1941, foi novamente torturado pelo guarda da prisão. Em seguida, por causa dos maus-tratos recebidos, morreu na enfermaria, aos 31 anos de idade, tempo suficiente para viver seu programa de vida, a exemplo do seu fundador. 

Segundo relatos, o caminho espiritual que o padre José Jankowski trilhou condiz com o que ele escreveu: “Meu ideal, naturalmente, deve abraçar Deus, o próximo e a mim mesmo… e disto, o motivo principal é o amor de Deus… Desejo amar Deus mais do que a minha vida“. E assim fez, viveu e deixou o rastro de amor após sua partida.

 

Beato José Stanek

O padre José Stanek nasceu em 4 de dezembro de 1916, em Łapsze Niżne (Polônia); frequentou o ensino médio em Wadowice; em 1935 ingressou na Sociedade do Apostolado Católico; dois anos depois, entrou no Seminário Maior dos Padres Palotinos em Ołtarzew; foi quando começou a Segunda Guerra Mundial.

Mesmo após ser preso pelos soviéticos, ele fugiu e retornou a Ołtarzew, quando, em 7 de abril de 1941, foi ordenado sacerdote. Logo depois, começou os estudos na clandestina Faculdade de Sociologia da Universidade de Varsóvia, capital da Polônia, onde trabalhou como padre e capelão hospitalar das Irmãs da Família de Maria, em Varsóvia.

Mas na segunda quinzena de agosto de 1944, ele foi enviado para servir no agrupamento do exército clandestino Polaco “Kryska”. Tornando-se capelão do agrupamento, serviu  celebrando Missas para soldados e civis, confessando e visitando pacientes em hospitais. Muitas vezes salvou os feridos, levando-os para fora da linha de combate.

Em 23 de setembro de 1944, o padre Stanek estava nas mãos dos nazistas, que o espancaram e o empurraram para a forca. Segundo alguns relatos, foi enforcado com a própria estola. No entanto, suas mãos se levantaram para abençoar os que ficaram, demonstrando sua compaixão e zelo pela vida que abraçou.

 

Os beatos mártires palotinos

José Jankowski e José Stanek foram beatificados pelo Papa João Paulo II, juntamente com outros 107 mártires da Igreja da Polônia, no dia 13 de junho de 1999, em Varsóvia. Suas vidas estão escritas para sempre na história da Sociedade do Apostolado Católico.

Como também, na vida das pessoas que foram consoladas e abençoadas por esses dois servos palotinos. Se o mundo conheceu a dor através da guerra, Deus, por outro lado, contradiz a dor através do amor de quem vive a vida consagrada até às últimas consequências.

Rezemos como a Igreja nos propõe, pedindo a intercessão dos beatos José Jankowski e José Stanek, para que a nossa fé permaneça firme mesmo em meio às guerras do mundo moderno.

“Deus todo-poderoso,que destes aos beatos José Jankowski e José Stanek a graça de sofrer pelo Cristo, ajudai também a nossa fraqueza, para que possamos viver firmes em nossa fé, como eles não hesitaram em morrer por vosso amor.

Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”

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