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O mês vocacional é um momento de celebrar muitos presentes de Deus para a Igreja e para a humanidade, entre eles a paternidade, que está ligada à capacidade de ser sinal da figura paterna na vida de uma pessoa.

O sacramento do matrimônio traz três elementos essenciais à luz da Palavra de Deus e da Tradição: a unidade, a indissolubilidade e a fecundidade (Cf. Gn 1, 28; 2, 24, Mt 19, 4-6). Logo, a maternidade e a paternidade fazem parte da vocação matrimonial.  

Dessa forma, o casal colabora com a criação de Deus e assiste ao evento mais fantástico da natureza humana: o nascimento do ser humano. Portanto, homem e mulher são responsáveis pela concepção de uma pessoa, cada um com sua particularidade.

E que maravilha é ser pai! Quanta grandeza e beleza há nesta vocação. E para falar sobre esse mistério de amor, preparamos este post. Começando pela figura do Pai do Céu. Confira até o fim. 

 

Deus Pailuz para o mês vocacional

 

Assim nós professamos creio em Deus Pai Todo-Poderoso… Apesar de muitos não terem aproximação com o Pai do Céu por causa de más referências na Terra, precisamos reconhecer o quanto Deus Pai é criativo, amoroso, decidido e responsável.

E quem nos prova isso é Jesus, Seu Filho e nosso irmão. Em tantos momentos no Evangelho, somos surpreendidos com Jesus falando do Pai com um amor que nos emociona. Vale a pena destacar algumas passagens:

Jesus aos doze anos: “Por que me procurá­veis? Não sabeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?” (cf. Lc 2,49). Logo, cuidar das coisas não significa administrar bens materiais, mas obedecer ao Pai e, ainda mais, identificar-se com Ele.

Há ainda: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (cf. Jo 5,17). O trabalho do Pai é a decisão de nos salvar e Ele assume a responsabilidade entregando Seu próprio Coração para que isso aconteça, e assim Jesus o faz e assume para Si a mesma missão.

“Mas não estou só, porque o Pai está comigo” (cf. Jo 16,32). Jesus está prestes a sofrer a Paixão e dá testemunho da Sua total confiança no Pai porque tem plena convicção de que é amado. 

Portanto, temos em Jesus a imagem de um Pai amoroso, presente, responsável. E quantos pais são assim exemplo de amor, trabalho, dedicação e fé, mesmo diante de suas fragilidades e dos desafios de exercer a paternidade.

 

O homem e a paternidade – dom do mês vocacional

 

Vamos nos apoiar em duas palavras de sabedoria para entender a paternidade:

Segundo o Papa Francisco: “Não se nasce pai, torna-se tal… E não se torna pai, apenas porque se colocou no mundo um filho, mas porque se cuida responsavelmente dele. Sempre que alguém assume a responsabilidade pela vida de outrem, em certo sentido exercita a paternidade a seu respeito”.

E ainda, um sacerdote disse: “Para gerar basta um segundo, mas para ser pai, é necessária uma vida toda”. Com o Papa e esse sacerdote, entendemos que paternidade é uma vocação, uma vez que gerar todos podem, mas ser pai é para alguns. 

Portanto, pai é aquele que dá sua vida e faz dela um aprendizado para o filho, sem agir como se ele lhe pertencesse, mas respeitando sua liberdade, dom natural concedido a toda pessoa humana por Deus.

Porém, existem muitos desafios na paternidade, por isso o mês vocacional reconhece o quanto o pai é importante na vida de alguém, porque ele desempenha um papel de força, próprio da virilidade do homem, e sustenta sua família desde a fé até a manutenção.

 

São José, pai adotivo!

 

“Com coração de pai: assim José amou a Jesus, designado nos quatro Evangelhos como ‘o filho de José’” (Papa Francisco).

Sem dúvidas, São José é um modelo de pai na celebração do mês vocacional. Ele esteve totalmente à disposição do plano de Deus e exerceu a paternidade mais desafiante da história humana.

Por causa do seu exemplo, pelo título de pai adotivo do Salvador, aproveitamos para falar sobre adoção, uma modalidade de paternidade que se caracteriza pela aproximação afetiva, laços de cuidado e amor concedidos por Deus entre pai e filho não biológicos. 

Diz o documento que São José exerceu com humildade, prontidão e justiça o seu papel de pai adotivo. Ele foi escolhido para essa missão e em nenhum momento quis substituir o Pai do Céu, mas amou o Senhor com o seu coração terno, simples e submisso a Deus.

Da mesma forma, os pais adotivos são escolhidos por Deus para amar os filhos que por algum motivo não estão com seus pais biológicos. Mas a paternidade do coração é a prova de que o dom de ser pai não se limita à capacidade de gerar, mas de amar.

Portanto, os pais que receberam de presente essa paternidade têm um grande modelo a seguir e podem se sentir plenos de alegria, porque abraçaram a adoção como uma missão pessoal.

Agora…

Vamos dar graças a Deus pelo dom da paternidade e celebrar este mês vocacional com gratidão e oração pela vida de cada homem que traz em seus ombros o dom de ser pai.

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