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Antes de tudo, Tertuliano anunciou, no primeiro século do cristianismo, o que acontece até hoje na vida dos Servos de Deus Palotinos e de todos que abraçam a fé – tornam-se sementes de vida nova e santa para a Igreja:

“O sangue dos mártires é semente de novos cristãos” – escreveu Tertuliano.

Tanto o martírio como a vida santa são dons de Deus e têm uma força impressionante de atrair, converter e gerar novos filhos de Deus, capazes de testemunhar amor ao reino e ao próximo em qualquer tempo e lugar.

Neste post apresentamos a vida de seis Servos de Deus Palotinos que estão em processo de reconhecimento de suas virtudes pela Igreja. O que se lê sobre suas vidas é breve, mas o que eles plantaram não se mede em palavras porque nos remete para a Vida Eterna. 

 

Os Servos de Deus Palotinos: Conheça Josef Engling 

Primeiramente vamos contar a história de Josef, que nasceu no dia 05 de janeiro de 1898, em Prosity na Prussia oriental, hoje território da Polônia (Warmia) e, aos quatorze anos, ingressou no Seminário Menor de Schönstatt-Vallendar, na Alemanha, destacando-se pela formação de seu caráter. 

Assim a sua sede de Deus e amor a Nossa Senhora são relatados em seu diário espiritual:

“Quero tornar-me tudo para todos e pertencer totalmente a Nossa Senhora; e quero ser fiel no pouco e fazer o caminho ordinário de maneira extraordinária”. 

Em 19 de Novembro de 1916, Josef parte para o serviço militar. Em 1917 o enviam para a zona de combate russo. Mas sua vida de oração continuou como seu grande sustento. Mas em 1918 morre em decorrência da guerra, praticando fielmente seus compromissos cristãos.

Também em seu diário, escreveu quatro meses antes de morrer:

“Querida Mãe, Mater Ter Admirabilis, a Ti outra vez ofereço o sacrifício de mim mesmo… Quero pertencer totalmente a Ti. Sou teu”.

Assim, a sua vida e virtudes enobrecem os Servos de Deus Palotinos.

 

Entre os Servos de Deus Palotinos – Franciszek Bryja 

 

No dia 31 de Maio de 1910 em Rajcza – Cracóvia, nasce Bryja, que ordenou-se sacerdote em 11 de junho de 1938. Após a sua ordenação, viveu em Varsóvia, estudou filologia clássica e dedicou-se à vida pastoral.

Em 13 de setembro de 1940, os nazistas o prenderam em lugar de outro padre e o colocaram em uma prisão muito dura chamada “Pawiak” em Varsóvia. Apesar de o outro padre ter se apresentado, os dois permaneceram presos pelos nazistas.

Logo depois, em novembro de 1940, enviaram Padre Bryja para o campo de concentração em Auschwitz. 

Os seus coirmãos, no campo de concentração, acompanharam o motivo que o inseriu entre os Servos de Deus Palotinos- Bryja disse essas palavras ao receber a sua sentença de morte: 

“… Minha vida jovem, as primícias do meu sacerdócio […] todo meu coração e minha alma, eu ofereço neste momento a Deus e a Rainha dos Apóstolos; para o maior desenvolvimento da fé católica na Polônia e para o maior progresso da Província Palotina Polonesa”

Então, Padre Bryja morreu na câmara de gás em maio de 1942, aos 32 anos, com somente quatro anos de sacerdócio. Para os palotinos poloneses, Pe. Bryja é um exemplo de serviço generoso a Deus e ao próximo e de fidelidade à vocação, coroado com o martírio. 

 

Franciszek Kilian

 

Antes de mais nada, Kilian nasceu em 10 de Outubro de 1895 em Zawada, região “Pomerania”. Depois da conclusão dos estudos no Seminário Menor, na Polônia, ingressou na Congregação Palotina. Tonou-se Sacerdote no dia 09 de julho de 1922 e dedicou-se à vida religiosa e pastoral.

Porém, em 16 de maio, os nazistas o prenderam junto com outros Palotinos e levaram para o campo de Auschwitz.

Acima de tudo, a vida desse Servo de Deus Palotino tonou-se consolo e remédio para quem sofreu as perseguições contra a fé católica nos campos de concentração. Ele sofria como os outros, auxiliava os deprimidos e desencorajados, sobretudo ajudava-os espiritualmente e falava constantemente de Deus, semeando o Evangelho contra toda desesperança e desespero.

Apesar de ser duramente maltratado pelos soldados por ser sacerdote, ele não abandonava a oração. E quando já não tinha mais forças para o trabalho forçado, o condenaram à morte em março de 1942. A Sua partida deste mundo foi anunciada assim: o nosso consolador e apóstolo morreu!

 

Paweł Krawcewicz

 

O irmão Paweł (Paulo) Krawcewicz nasceu em 20 de Agosto de 1907, em uma família polonesa, na Alemanha, em Bohum. Ingressou na Congregação Palotina na Polônia e professou seus primeiros votos no dia 31 de Março de 1929. 

Como Palotino, era muito dedicado ao apostolado, zeloso na vivência religiosa, sobretudo com muito amor à vida comunitária. Tanto que durante a Segunda Guerra mundial de 1942, partiu voluntariamente para a Alemanha para acompanhar as pessoas, ajudá-las, apoiá-las moralmente e materialmente. 

Porém foi descoberto pelos nazistas em 29 de Abril de 1944, preso, torturado e levado para a prisão de Ohrdruf na Turingia. Depois de sofrer violência de diversas formas, fraco e abatido, contraiu tuberculose e morreu em 11 de março de 1945.

O Pe. Józef Nowak S.J., companheiro de Paulo na prisão e seu confessor, disse que ele era sempre calmo, sereno e orante. Don Andrzej Bardecki recordando-o faz a seguinte reflexão:

“Tenho convicção que um homem que, com clara consciência se expõe, por Deus à morte e depois morre, é um mártir” (Carta do dia 19/11/1946).

Então, Paulo partiu para a eternidade aos 37 anos, depois de viver 16 anos na Congregação dos Palotinos, tonando-se um modelo para os Servos de Deus Palotinos, pelo seu amor ao próximo, realizado plenamente na fé.

 

Norbert Pellowski

 

Em 27 de Janeiro de 1903 em Pszczółki, perto de Gdansknasce, nasce um caridosoe dedicado Palotino: Pellowski

Após o seu ensino fundamental, fez o magistério, foi professor em escolas primárias e ao mesmo tempo descobriu sua vocação ao sacerdócio, quando ingressou no seminário palotino em 1925.

Logo após a conclusão dos estudos, foi ordenado sacerdote no dia 19 de Julho de 1931. Assim como vários Servos de Deus Palotinos, o padre Pellowski foi preso pelos nazistas no dia 23 de Maio de 1941 e transferido para o campo de concentração de Auschwitz.

A fome, o trabalho duro e o esgotamento do organismo o tornam incapaz para o trabalho. Ainda assim, o padre Konrad Szwed, também prisioneiro e enfermeiro, testemunhou que Norbert lutava otimista contra a doença e também ajudava outros doentes na limpeza pessoal e com apoio espiritual.

Apesar da sua constante confiança e otimismo, Pe. Norbert não suportou as doenças e morreu no dia 15 de Março de 1942. Seus coirmãos palotinos e os fiéis leigos se lembram dele como um sacerdote cheio de zelo apostólico e de sacrifício pelos outros.

 

Jan  Szambelanczyk

 

Jan nasceu no dia 23 de janeiro de 1907, em Radowice (Polônia). Após os estudos no Seminário Menor na Polônia (Collegium Marianum de Wadowice), entrou para os palotinos no ano de 1924 e hoje está na lista dos Servos de Deus Palotinos.

Em 30 de julho de 1930, foi ordenado sacerdote, dedicou-se aos estudos, concluiu o doutorado e se tornou um professor dedicado, zeloso, exigente e muito estimado pelos seus alunos. Em maio de 1941, foi levado pelos nazistas para a prisão de Pawiak – Varsóvia. 

Depois foi transferido para Auschwitz, onde se tornou conhecido pelo amor e dedicação aos prisioneiros, ajudando-os de diversos modos. Mas, como a maioria dos sacerdotes, foi brutalmente espancado e adoeceu pelos maus tratos recebidos.

Pe. Konrad, testemunha ocular, escreveu que Szambelańczyk se destacava pela fé forte e pela invencível esperança. Com o exemplo da própria vida e da oração, ajudava os seus companheiros de sofrimento, sempre os consolando e encorajando-os à vida. 

Na vigília de sua morte, enquanto eu o confessava, continua Pe. Szweda, com os lábios encolhidos e murmurando, repetia diversas vezes: “Oh, Meu Jesus!”. Durante aquela mesma noite, morreu em 2 de julho de 1941, no campo de concentração de Auschwitz.

 

A vida dos Servos Palotinos geram novos cristãos

 

Atualmente os Palotinos são responsáveis pelas causas de canonização de dois beatos e causas de beatificação de dezesseis candidatos aos altares: oito pessoas em nível apostólico, ou seja, no Vaticano e oito a nível diocesano, em vários países, entre eles encontram-se esses Palotinos, que não perderam a vida, mas as entregaram a Deus.  

Diante da grandeza de tantos testemunhos dos Servos de Deus Palotinos, as palavras são insuficientes, mas a oração alcança seu objetivo que é o louvor a Deus. Por isso, façamos o caminho da gratidão a Deus pela fidelidade desses Servos e peçamos a intercessão deles a fim de que o Evangelho continue conquistando novos cristãos.

Rezemos também para que eles alcancem os altares e possam interceder por cada um de nós, chegando a santidade!

 

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