O apostolado leigo ganhou visibilidade após o Concílio Vaticano II, e um dos documentos que fala sobre o papel do leigo na Igreja é o Decreto Apostolicam Actuositatem, de 18/11/1965, onde o Papa Paulo VI diz:
“O Concílio deve voltar a sua atenção para os cristãos leigos, absolutamente necessários à ação da Igreja. O apostolado dos leigos é consequência da própria vocação cristã e, por isso, nunca poderá faltar à Igreja”.
A palavra do Papa é um incentivo aos leigos para assumirem seu papel na evangelização junto com toda a Igreja. É certo que o mundo passa por muitas transformações e são os leigos que mais sentem estas mudanças em suas vidas e na sociedade.
Logo, saber viver o momento atual, com sabedoria e ousadia, é essencial para o leigo. Por isso, vamos tratar sobre a importância desse apostolado e como vivê-lo em santidade. Confira.
O apostolado do leigo na Igreja, mas quem são os leigos?
“Quem são os fiéis leigos.?” Foi a primeira pergunta que o Papa João Paulo II fez na Exortação Apostólica Christifideles Laici. Este é outro documento muito importante sobre o apostolado leigo na Igreja, que descreve a pertença do leigo à Igreja do mundo inteiro.
E o João Paulo II, então, afirma:
“são os fiéis que, incorporados em Cristo pelo Batismo, constituídos em Povo de Deus e tornados participantes, a seu modo, do múnus sacerdotal, profético e real de Cristo, exercem pela parte que lhes toca, na Igreja e no mundo, a missão de todo o povo cristão”.
Ou seja, o leigo é todo cristão – fora do sacramento da Ordem e da vida religiosa. Ou seja, os filhos de Deus, membros da Igreja, que participam dela e comunicam o Evangelho de diversas formas.
E, principalmente, tem sua vida unida a Cristo! O leigo não é um desconhecido na multidão, mas alguém que faz a experiência de Deus assim também:
- O leigo tem espiritualidade;
- Vive os sacramentos;
- É também experimentado nos sofrimentos;
- Uma pessoa de esperança, um facho da luz de Cristo no mundo.
O apostolado leigo e a santidade
Sendo assim, vivendo entre as pessoas e participando das atividades da sociedade, é próprio do leigo:
- Contribuir efetivamente com para a evangelização e santificação de todos;
- Animar e dar sabor às realidades humanas, de acordo com o espírito evangélico.
- Desde o engajamento na Igreja, com atividades próprias, mas também na família, nos estudos, no trabalho e por meio dos relacionamentos próprios da sociedade atual.
No entanto, as diversas formas de apostolado são também a sua via de santificação, porque o apostolado leigo consiste em colocar a pessoa de Cristo em tudo o que faz, sem esquecer o batismo e toda a graça e exigências que ele nos pede.
E se há uma necessidade que o mundo suplica hoje e que o Evangelho nos presenteia com maestria é a fraternidade entre as pessoas. Fraternidade, que é sinônimo de caridade, oferecida em um constante desapego de si para apresentar Cristo e o Evangelho.
A União do Apostolado Católico
Falar de apostolado leigo é, sem dúvida, lembrar da União do Apostolado Católico (UAC), um movimento fundado em 1835, em Roma, por São Vicente Pallotti e um grupo de padres e colaboradores leigos com o objetivo de anunciar a salvação da almas ao maior número de pessoas possíveis.
Através da UAC, o apostolado leigo ganhou uma força vital, porque eles perceberam o bem que eles podiam fazer juntos, espalhando e reavivando a fé, como também realizando as obras de misericórdia como a Igreja orienta.
A espiritualidade da UCA é expressa no seguimento de Cristo, o Apóstolo do Pai Eterno, e na devoção e imitação à Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos. Vivendo em espírito de fé e amor, os membros da União testemunham Cristo crucificado e ressuscitado entre eles.
E essa forma de viver a vida de Cristo é possível para todos, sem exceção: jovens, adultos, casais, solteiros etc., é suficiente o amor de Deus e a responsabilidade do seu batismo em primeiro lugar, e depois os milagres acontecem segundo a vontade de Deus.
Vivamos o apostolado como leigos, jovens e santos!
João Paulo II, na exortação que citamos acima, fala que a novidade da vida cristã é sempre o batismo, porque ao mesmo tempo que nos diz quem somos, ele nos capacita para vivermos nossa identidade de filhos(as) de Deus.
Se há um conceito que tem urgência para ser testemunhado é a nossa filiação divina! E essa verdade precisa despontar desde cedo por meio da evangelização das crianças, adolescentes e jovens, só assim teremos adultos mais felizes.
Mas quem evangeliza as crianças e os jovens? Eles mesmos, por meio da aproximação, amizade, alegria, escuta e fraternidade, assim como Cristo fez com todos os que se aproximaram Dele! Um jovem evangelizador exerce seu apostolado leigo desde cedo.
E nesta jornada ruma à missão e à santidade, nunca se está sozinho.! Temos o Espírito Santo conosco, a intercessão da Virgem Maria e dos santos, sem contar com todos os que conquistamos ao longo do caminho e que somam na construção do Reino de Deus.
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