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Ser freira é entregar-se inteiramente a Deus, por amor. Confira quais os passos para o discernimento vocacional.

Enquanto você pensa qual a vontade de Deus para sua vida, provavelmente já passou pela sua cabeça a possibilidade da vocação à vida religiosa, não é mesmo? Essa é  uma entrega total a Deus, que antecipa a vida eterna, na qual toda a Igreja, como esposa do Senhor, será inteiramente de Cristo. Mas, afinal, o que é e como ser uma freira? É isso que vamos entender juntas nesse post.

Primeiro, precisamos lembrar que, com os diferentes carismas, a vivência da vocação varia. No entanto, todas as pessoas chamadas à vida religiosa, independente do grupo que façam parte, assumem alguns compromissos em comum, com Deus e com a Igreja:

  • Pobreza
  • Obediência
  • Castidade

Essas três virtudes vão guiar os passos de todas as vocacionadas a serem freiras. E, embora alguns pensem o contrário, não são restrições, mas indicações de um caminho para amar a Cristo de forma perfeita, na vivência deste chamado.

 

Chamadas ao amor Esponsal a Cristo

 

Quando Papa, São João Paulo II fez questão de lembrar que a vocação à vida religiosa é um grande dom. Aquelas que a vivem, foram escolhidas e chamadas por Deus, para se unirem de forma especial a Ele. 

 

“Jamais devemos esquecer que a vida consagrada, antes de ser compromisso do homem, é dom que vem do Alto, iniciativa do Pai, «que atrai a Si uma criatura sua, por um amor de predileção e em ordem a uma missão especial». Esse olhar de predileção toca profundamente o coração de quem é chamado, e que o Espírito Santo impele a se colocar nas pegadas de Cristo, numa forma toda especial de seguimento […]”

 

Dar o “sim” a esse chamado de Deus é se comprometer a viver uma entrega total de si. Assim como em um casamento as mulheres são chamadas a se tornarem uma só com o marido, também as freiras, na vida religiosa, tornam-se esposas de Cristo.

Como é característico da vida cristã, essa doação exige sacrifícios. Muitas vezes, é preciso mudar-se para longe da família, deixar amizades para trás e, até mesmo, abrir mão de planos que antes pareciam muito importantes. Além, claro, da necessidade de viver o celibato, ou seja, de forma consciente e voluntária, permanecer solteira para ser apenas de Jesus.

No entanto, a vivência madura da castidade dentro dessa vocação não deve ser estéril, mas fecunda, seguindo também o exemplo da Virgem Mãe de Deus. É isso que nos mostra o Papa Francisco:

“A castidade como carisma precioso, que amplia a liberdade do dom a Deus e aos outros, com a ternura, a misericórdia e a proximidade de Cristo. […] Mas, por favor, uma castidade «fecunda», que gera filhos espirituais na Igreja. […] Esta alegria da fecundidade espiritual anime a vossa existência; sede mães, como figura de Maria Mãe e da Igreja Mãe”

 

O serviço

Na vida religiosa, a entrega total a Deus também é concretizada na doação e no serviço aos irmãos. Com o constante exercício da humildade e do amor ao próximo, ajudando os mais necessitados, as consagradas imitam Cristo.

Conservemos o olhar fixo na Cruz: ali está toda a autoridade da Igreja, onde Aquele que é o Senhor se faz servo até ao dom total de si”, orienta o Papa Francisco.

 

Como ser uma freira

 

Agora que já comentamos um pouco sobre a missão das que se tornam esposas de Cristo, vamos entender: como fazer para tornar-se uma freira?

#1 Sentir-se chamada por Jesus

Como já comentamos, o desejo de ser freira não parte apenas de uma vontade humana, mas do desejo de Deus. Afinal, só podemos dizer “sim” para aquilo que somos chamadas. Por isso, para seguir nesse caminho, é preciso ouvir o chamado de Cristo para sua vida. Mas, você pode perguntar, “como fazer isso?”. Então, presta atenção aos próximos passos!

#2 Se aproximar de um instituto religioso

A Igreja Católica conta com vários institutos religiosos, com diferentes carismas. Existem aqueles em que os participantes vivem uma vida mais recolhida e contemplativa, mas também outros em que o apostolado é mais ativo no mundo. Por isso, vale a pena buscar conhecê-los e escolher um que mais lhe atrai para, então, aproximar-se.

Um exemplo somos nós, Irmãs Missionárias do Apostolado Católico, conhecidas como Palotinas, em homenagem ao nosso fundador, São Vicente de Pallotti. Nesse caso, as consagradas vivem a entrega a Deus por meio de obras de caridade, educacionais e culturais, impulsionadas pela compaixão e pelo cuidado com os mais pobres. 

#3 Procurar a assessoria vocacional do instituto

Uma vez escolhido o grupo que mais te agrada, é importante buscar a assessoria vocacional do instituto. Lá, você encontrará pessoas de braços abertos para te acolher e ajudar no processo de discernimento. Esse é o momento em que, se possível, você pode aproveitar para conhecer as experiências de pessoas que já vivem essa vocação.

#4 Cultivar a vida de oração

Esse ponto é muito importante, porque, por mais que Deus se revele através dos nossos irmãos, é na oração que temos um encontro íntimo com Ele. Ao rezar, você pode conversar com Jesus sobre suas dúvidas, seu desejo e sonhos, pedir que guie seus passos e, principalmente: ouvir sua Voz.

#5 Buscar direção espiritual

Ao buscar orientação com um sacerdote, você provavelmente terá mais condições de tomar uma decisão acertada. Baseado na doutrina e fortalecido pelos dons do sacramento da Ordem, ele poderá, com a graça de Deus, lançar luz sobre esse processo de discernimento. Porém, atenção: é importante participar desse momento com humildade e disposição para partilhar verdadeiramente e ouvir com piedade e reverência. 

#6 Escolher Jesus definitivamente

Após seguir todos esses passos, com certeza você terá conhecido melhor a vocação à vida religiosa, bem como os frutos e os sacrifícios que requer. Assim, escolher viver definitivamente um amor esponsal e inteiramente consagrada a Cristo, será uma decisão consciente e livre, como é o amor. 

 

Peçamos a Deus, a graça de dar um “sim” por amor e confiança na Providência Divina!

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